Novas configurações urbanas e implicações no desempenho urbano
Observa-se, nas últimas décadas, significativas transformações na configuração urbana das cidades brasileiras. Verticalização, por um lado, e dispersão urbana, por outro, parecem ser os padrões mais característicos da urbanização recente. Sabemos que a estrutura física das cidades não tem papel passivo em relação à sua estrutura social. A configuração da rede de ruas e a distribuição de formas construídas impacta desde atos cotidianos, como padrões de movimento e de interação social nos espaços públicos, até dinâmicas de mais longo prazo, como a formação de novas centralidades. Tudo isso tem efeitos no desempenho urbano, embora relações de causalidade entre forma urbana e efeitos ainda não sejam totalmente conhecidas. Assim, o estudo proposto objetiva investigar relações entre aspectos da morfologia urbana e seus efeitos, através do uso e desenvolvimento de técnicas de modelagem urbana, contribuindo, dessa forma, para o debate sobre os padrões contemporâneos de configuração urbana.