Italianidade: identidade e eixo condutor do desenvolvimento econômico e turístico do nordeste gaúcho

Esse trabalho se propõe a analisar como, e através de quais condições e elementos, ocorreu a formação do sentimento de italianidade entre a população de descendentes de italianos e de que forma esse sentimento se desenvolveu ao longo do tempo, ganhando força e se mantendo vivo. Pretende-se entender também como e porque esse sentimento interage positivamente no desenvolvimento da região, estimulando a crescente expansão econômica e, mais recentemente, turística, além de contribuir para a manutenção do patrimônio material e imaterial construído pelos imigrantes, interferindo sobremaneira na transformação da paisagem rural e edificada da região nordeste do Rio Grande do Sul.  A partir do estudo e análise das questões vinculadas ao sentimento do “ser italiano” procurar-se-á determinar qual o significado e importância desta imposição para a preservação da cultura e patrimônio decorrentes da imigração e como esse pensar e agir, que prevalecem ao longo da história da imigração, interferem e continuam a interferir no desenvolvimento urbano e na formação do território, contribuindo para a tomada de decisões nos campos econômico, cultural e turístico. Pretende-se entender a italianidade como um vetor que impulsionou e continua a conduzir o desenvolvimento econômico, social, cultural e político de toda uma região. Como consequência disso, compreender a pujança que adquire uma sociedade quando esta percebe a consciência da força de uma identidade comum. Deseja-se ainda depreender o que faz a região ser um polo atrativo para o turismo e como se constrói, ou como se forma, uma região turística através dos conceitos da italianidade e do imaginário. Ainda com relação ao turismo, pretende-se determinar se esta força, representada por uma forte identidade cultural, é capaz de transformar uma região em um campo propício para o seu desenvolvimento.