As relações da cidade com as academias de ginásticas, em Porto Alegre
De acordo com o Conselho Regional de Educação Física do Estado do Rio Grande do Sul (CREF-RS) existem 452 academias registradas na cidade de Porto Alegre. Nesta mesma Capital, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estátistica – (IBGE) estima a população em 1.484.941 habitantes. Ambos dados estátisticos, estão em seu maior número, desde que as séries históricas são acompanhadas. Considerando que o espaço urbano desta cidade vem se modificando e buscando ser mais afetivo a prátca de exercícios físicos, por meio de ciclovias e uso dos espaços públicos para práticas esportivas, venho por meio deste propor um estudo etnografico sobre a relação dos espaços públicos com as academias de ginásticas da cidade de Porto Alegre. Lembrando Loic Wacquant, em sua obra Corpo e Alma (2004), a sociedade costuma produzir noções superficiais sobre academias, por meio do que veícula a mídia, pelo cinema e pelas formas de literatura. Noções estas, que no entendimento de quem obtem deste nicho, sua forma de sustento, estão em constante modificação com o passar dos anos. Ao questionar a possível relação do aumento da obesidade, do aumento da quantidade de academias e do aumento da quantidade de veículos, com a diminuição dos espaços públicos de lazer e áreas verdes nesta pesquisa de caráter exploratório, objetiva verificar se as questões referentes ao espaço urbano, como região da cidade, mobilidade, segurança, acessibilidade, interferem nas práticas e na adesão a academias de ginástica.